Análise crítica do livro Terra Papagalli
- A História conta que em 1498, D. Manuel, rei de Portugal, o navegador Duarte Pacheco Pereira de uma expedição com suas caravelas atingiram o litoral e chegaram a explorar o mesmo, na região que hoje é do Maranhão. Notícia que foi mantida em segredo pelo governo português, que enfrentava a concorrência da Espanha na conquista da América do sul. Somente dois anos depois, em 1500, Pedro Alvares Cabral desembarcou nas praias brasileiras e tomou esta terra. Nenhum outro povo do Velho Mundo achou-se tão bem armado para se aventurar à exploração intensa das terras localizadas ao sul, onde os homens depressa degeneram, o ato do descobrimento ou do achamento do Brasil foi marcado pelo impacto entre as culturas portuguesa e indígena. Essa exploração do Brasil não se processou não emanou de uma vontade construtora e fez-se antes com desleixo e certo abandono. As praias brasileiras e essas terras passaram para o domínio português. que Fazendo uma relação da ficção pós-moderna Terra dos Papagali, imediatamente pensamos na ideia de tempo. Podemos dizer que o tempo existente se faz presente, no local da memória do narrador.
- Em minha análise, verifiquei que o sentido do passado é o tempo presente. A aventura de Cosme Fernandes e seus amigos degredados começa em Portugal , e depois eles viajam pelo Novo Mundo e o narrador termina seu relato em Buenos Aires. Em nenhum momento o narrador corta o laço entre presente e passado. Assim fica em aberto o ponto que marca a separação entre ficção e história real. O romance Terra dos Papagaios é um tipo de metáfora de onde podemos perceber elementos conceituais: a paródia, e a carnavalização. Esse processo discursivo é uma característica do pós-modernismo que nos convida para participar. Mesmo que seja a partir da visão carnavalesca e irônico, para o descobrimento da própria vida. O que não da pra negar é que os papéis foram invertidos; que o tempo e o espaço foram violados; que outras vozes foram ouvidas e que a História e o Homem não são mais os mesmos.
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